Lançamento do Livro "Dois Meninos de Kakuma" de Marie Ange Bordas
Dois meninos de Kakuma
Geedi e Deng são amigos inseparáveis. Geedi é somali e Deng é sudanês. Companheiros
de vida e sonhos, inquietações e dúvidas sobre o futuro, os dois vivem em Kakuma,
um dos maiores campos de refugiados do mundo.
Geedi tem 12 anos e não imagina como é a vida fora desse enorme campo em que vive
com a mãe e a irmã. Deng chegou sozinho a Kakuma, ainda menino, fugindo da guerra
que devastava seu país.
Os dois assistem aos adultos de diferentes nacionalidades sobreviverem na esperança
de voltarem para a sua pátria ou serem acolhidos por algum país onde possam
reconstruir suas vidas. E se perguntam o tempo todo: Por que estamos aqui?
Por que estes conflitos nunca acabam? Qual futuro nos aguarda?
Dois meninos de Kakuma foi criado a partir da convivência e do trabalho desenvolvido
por Marie Ange Bordas com crianças e jovens do campo de refugiados de Kakuma,
no Quênia, que hoje abriga quase 200 mil pessoas de 15 nacionalidades diferentes.
Uma narrativa ficcional sobre a vida real, com fotoilustrações da própria autora,
que coloca o leitor em contato com um tema urgente: as gerações de crianças que
nascem e se tornam adultas em campos de refugiados prolongados.
Autora: Marie Ange Bordas
ISBN: 978-859576006-6
Páginas: 72
Formato: 26x18,5cm
Cores: 4x4
Preço: R$ 54,60
A realidade por trás do livro
Localizado no noroeste do Quênia, numa área semiárida, o campo de Kakuma foi criado em
1992 para acolher milhares de refugiados da guerra civil do Sudão, sobretudo os “meninos
perdidos do Sudão”, um batalhão de mais de 20 mil crianças entre 7 e 17 anos que, para
fugir da guerra, vagaram sozinhas entre seu país, a Etiópia e o Quênia durante vários anos.
Pensado inicialmente como resposta provisória para aplacar uma emergência humanitária,
Kakuma já existe há quase três décadas e abriga cerca de 200 mil pessoas de 15 países,
a maioria do Sudão do Sul e da Somália.
A segurança do campo não resolve o problema dessas pessoas de estarem fadadas a viver
indefinidamente uma vida provisória na condição de dependência, à espera de uma solução
para os conflitos que as expulsaram de suas terras ou de uma oportunidade de
reassentamento em outro país que as acolha.
Os dados oficiais do ACNUR (Alto Comissariado da ONU para Refugiados) para 2017
indicam 68,5 milhões de pessoas deslocadas do lugar onde viviam. Destas, 40 milhões estão
deslocadas dentro de seus próprios países e 25,4 milhões precisaram deixar seus países
e, por isso, são reconhecidas oficialmente pela ONU como refugiadas.
O que pouca gente sabe é que 85% das pessoas refugiadas vivem abrigadas em países
vizinhos aos seus, que, em sua maioria, sofrem dos mesmos problemas econômicos e estão
sujeitos aos mesmos conflitos. Acolhidas por países como Turquia e Líbano, no Oriente
Médio, e países africanos, como Uganda, Etiópia e Quênia, essas pessoas vivem em campos
de refugiados por longos períodos, quase sempre invisíveis para o resto do mundo e, pior
ainda, longe de uma solução para os conflitos que as levaram a fugir.
Desses refugiados, 52% são crianças!
O livro pode ser comprado online no site da editora:
http://www.editorapulodogato.com.br/